Em outubro de 2015, tive minha primeira e maravilhosa experiência de parir. Pari em casa de parto, 6h30 de trabalho de parto. Expulsivo curto, laceração apenas de 1º grau, embora tivesse tido puxos dirigidos (o que só me dei conta tempos depois). Pouco mais de 24h depois, parti pra casa feliz para nossa também maravilhosa lua de leite.
Exatos 2 anos depois, estava grávida novamente e, desta vez, queria repetir a experiência perfeita que tive, mas no entorno da nossa família. A melhor opção, pensamos, seria um parto domiciliar, para que nosso pequeno pudesse, se quisesse, ver a chegada do irmão; para que não precisássemos passar nem uma noite separados; para que os aninhássemos todos juntos naquele momento mágico de amor.
Tudo corria bem na gestação. Como na primeira, tudo perfeito, sem sequer enjôos, azia, nada! Nem mesmo a dor pela pressão do ciático, que me acompanhou durante toda a primeira gestação, apareceu. Passei os meses na minha rotina normal, dando conta de tudo e, agora, de um bebê de 13kg que requisitava bastante colo.
Fechamos nosso parto domiciliar, segui fazendo meu prenatal pelo convênio, para economizar nas consultas, já que o custo do parto não é baixo. A partir de 30 semanas, conforme combinado, comecei a fazer o prenatal com minha parteira, Tanila Glaeser (EO). Na primeira consulta, ela demonstrou um pouco de preocupação com meu tornozelo, operado pouco mais de 1 ano antes, devido a uma luxação talo-calcânea, com múltiplas fraturas no tálos e no 5º metatarso. A tranquilizei, já tinha marcado uma consulta com uma osteopata que, de fato, ajudou muito com as dores. Tanila é uma das mais conhecidas parteiras do movimento da humanização aqui em Salvador, mas sua fama carrega um mito de que suas parturientes, não raro, acabam passando vários dias com bolsa rota. No dia que saí da osteopata, mandei uma mensagem bem humorada: “Tani, não precisa se preocupar com o tornozelo, tá tudo certo, só precisa se preocupar com a bolsa rota”. Rimos.
Segui a vida, sem me dar conta do poder que as palavras proferidas carregam, até a madrugada de 16/06/2018. Acordei à 1h30, sentindo a calcinha úmida. Fui ao banheiro, fiz xixi e, em seguida, caiu um pouco de líquido. Cheirei, pedi pro marido cheirar, não sentimos o tal cheiro de água sanitária, pensei ser um corrimento em maior quantidade. Com o coração a mil, coloquei um absorvente e marquei meia hora no relógio, pra ver o que acontecia. Gabriel acordou neste momento e Amauri foi coloca-lo novamente a dormir. Dez minutos depois, uma quantidade imensa de líquido desceu de vez entre as pernas e não tive dúvidas, a bolsa rompeu. Liguei pra Tanila, que pediu pra eu arrumar nossa mala e ir ao hospital, ela me explicou que tudo mudara, o parto domiciliar não seria mais possível, eu estava com 33 semanas e 4 dias, precisaria ficar internada, fazer antibioticoterapia e tomar injeções de corticoide para amadurecer o pulmão do bebê, e aguardar em repouso o trabalho de parto ou, pelo protocolo, interromper a gestação com 34 semanas.
Com o coração na mão, arrumei tudo, deixamos nosso pequeno na casa da vizinha, liguei pra minha mãe vir do interior ficar com ele, e partimos pro hospital, onde ficaríamos pelos próximos 16 dias…
Como já sabíamos, fui internada, colheram amostras para descartar infecções e iniciaram atb profilático e injeções de corticoide. Nenhum exame apontou infecções, apenas o swab positivou para strepto B na vagina.
Como o contrato para o parto domiciliar estava automaticamente rescindido, Tanila nos indicou uma GO da equipe para, se quiséssemos, nos acompanhar a partir dali. Com receio do plantão (cujas taxas de cesárea, pelo meu plano, passavam dos 90%), fechamos com ela e recebemos sua visita no mesmo dia. Dra Bruna Bittencourt chegou no momento em que conversávamos com a fotógrafa, Lorena, que conhecemos também naquele dia (havíamos marcado para nos conhecermos e fecharmos naquela semana), e com quem dividíamos detalhes da nossa vida em família e nossa história como casal. Ficamos todos ali conversando, descontraídos, quando, então, passamos a ouví-la e discutir as condutas. Sabíamos que não queria uma cesárea, então a conduta seria induzir no dia que completaria 34 semanas. A indução seria feita com misoprostol por via oral, numa pequena dosagem de 2/2h. Caso chegássemos à dose máxima, tentaríamos outros métodos de indução, os quais não lembro mais a ordem sugerida. Ela também nos explicou as intervenções possíveis em caso de distócia, nos deixando seguros de que a cesárea só seria opção em caso de sofrimento fetal ou opção nossa, intraparto.
No domingo, ela nos trouxe um artigo de revisão que analisava dois estudos, comparando os desfechos entre a indução às 34 semanas e a conduta expectante até as 37 semanas, em casos de bolsa rota. Conseguimos os estudos na íntegra, e, após analisar e ponderar bastante todos os dados, vimos que não havia aumento significativo de desfechos positivos do parto e neonatais na conduta expectante, ao passo que havia um aumento de 3x no risco de corioamnionite, optamos por seguir o protocolo e os planos iniciais. Na terça pela manhã, induziríamos o parto.
Minha pressão vinha normal a gravidez inteira, porém no momento da internação, foi aferido 12×9. Dois dias depois, mais uma medição de 12×9. Fiz exames para descartar pré-eclâmpsia. No fim das contas, fui diagnosticada com hipertensão gestacional. Acredito que, por não mudar a conduta, este diagnóstico sequer me foi mencionado antes da indução.
A sensação de espera foi estranha. A ansiedade de aguardar pelo parto numa data marcada, pra mim, foi muito maior do que aquela de aguardar pelo incerto…
Na data marcada, acordei com cólicas fraquinhas, espaçadas e curtas. Lia, minha doula, chegou cedo ao hospital. Até a véspera, ela estava viajando e, ainda que tenha me enviado uma doula backup fofíssima pra eu conhecer, fiquei feliz por ter dado certo e ela ter chegado a tempo de me acompanhar. Passamos a manhã jogando conversa fora, foi ótimo ter uma doula já amiga, com amigos e interesses em comum, pra que pudéssemos fofocar bastante sobre coisas aleatórias e se desligar (um pouco) da questão que nos unia naquele momento.
Às 11h, depois de uma cardiotoco (que já vinha fazendo diariamente), tomei a primeira dose do misoprostol. Sabíamos que nas primeiras doses provavelmente não aconteceria nada, seguimos o dia normal. Com receio de acontecer como o primeiro parto, em que não consegui comer e fiquei com muita fome assim que pari, segui o dia comendo tudo e mais um pouco, em parte, também, por conta da ansiedade.
A tarde, Tanila também chegou, pois ela também acompanharia a indução e tratou de sugerir aumentar um pouco a dose do miso. Ao invés de tomar a cada 2h, passei a tomar a cada 1h (uma dose ajustada). Lá pela 4ª dose, ela sugeriu deambular pelo corredor. Lá fomos, eu e Lia, obedecer! Andamos de um lado pro outro, subimos e descemos escadas, andamos mais um pouco… Nada.
Deitei um pouco pra descansar, Dra Bruna sugeriu que eu tentasse dormir, pois podia ser que entrássemos pela madrugada e eu precisaria de energia. Meu pai estava presente e tenso. Neste momento todos haviam saído pra comer alguma coisa e ele perguntou por que não fazíamos uma cesárea pra acabar logo aquilo. Afirmei que não, tínhamos convicção de que o parto normal era a melhor opção, pra mim e pro João, que receberia a primeira vacina através da minha flora vaginal e conseguiria, através da pressão pelo canal vaginal, expelir mais líquidos do pulmão, o que lhe daria uma chance maior de nascer bem, mesmo sendo prematuro. Ele respeitou e continuou ali, acompanhando, me guardando e observando.
Deitada, voltei a sentir as cólicas fracas que tive de manhã, mas ainda espaçadas. Não consegui dormir, levantei pra comer mais um pouco, eram umas 18h e havia chegado o café. Lia disse que, embora espaçadas e fracas, as cólicas tinham ritmo, sugeriu que deambulássemos um pouco mais, após a próxima dose.
Pouco depois das 19h, voltamos aos corredores, a fotógrafa chegou neste momento para registrar tudo. Ficamos ali andando e as cólicas começaram a ficar um pouco mais fortes, me fazendo parar para aguardar passar. Não pareciam contrações, pelo menos não como as que tive no primeiro parto, então achei que tudo ainda demoraria muito pra engatar. Enquanto isso, conversávamos sobre nossos pequenos, nossa maternagem, nossos planos futuros, nossos preparativos para a chegada do irmão mais novo (Lia também está grávida)…
O espaço entre as cólicas começou a ficar mais curto, comecei a encontrar dificuldade para ficar ereta quando elas vinham, tive certeza que tudo estava começando a acontecer. Comecei a vocalizar nas contrações, a ficar irritada com o curto intervalo, a ficar com medo. Lembro que, no primeiro parto, não aturei toque, não aturei música, não aturei cheiros… De repente, com suas massagens, Lia conseguia aliviar em parte a dor. Comecei a sentir um cheiro de lavanda, que vinha do óleo que ela passava nas minhas costas, e achei gostoso. Comecei a ouvir uma música e a me concentrar nela…
Já não parecia ter intervalos entre as contrações. Acabava uma, vinha outra, fui me enchendo de raiva daquele processo, fomos pro chuveiro. A água quente, como sempre, é a maior aliada para a dor, fiquei ali por um tempo que parecia uma eternidade, mas depois fiquei sabendo que foram poucas contrações. De repente senti o círculo de fogo, desconfio que João só não nasceu ali porque a cadeira segurou, rs.
Avisei que estava sentindo ele descer, vi o corre corre pra pegar a maca, me vestiram uma camisola e deitei respirando fundo a cada contração. Meu bebê seria prematuro e uma das coisas que sabia é que, estando no hospital, cheio de protocolos, era importante que ele nascesse no Centro Obstétrico, para não deixar a neonatologia ainda mais apreensiva. Segui respirando e me concentrando para que ele não nascesse no corredor. Chegando no CO, precisava trocar de maca, aguardava um intervalo de contrações, mas eles eram muito curtos, trocar de maca ficou inviável. Até que, numa contração, não deu mais pra segurar, fiquei de 4 na maca e ele nasceu num puxo só. Nasceu inteiro cheio de vérnix, escorregou de uma vez…
Eram 21:27. Colocaram ele no meu colo, pedi pra dar o peito, mas a pediatra insistiu que ele fosse avaliado imediatamente e pediu pra clampear o cordão. Não aguardaram ele receber todo o sangue a que ele tinha direito. Ele foi avaliado, coberto, pesado, medido… Recebeu apgar 9/9, nasceu perfeito, 2.480g, 45cm, PC de 32,5cm.
A pediatra, entretanto, nos informou que o protocolo do hospital era de que todo prematuro deve ficar em UTINEO até completar 35 semanas. Meu mundo caiu ali. Em nenhuma das nossas ponderações, ao considerar a conduta expectante, imaginamos existir tal protocolo. A USG feita no internamento apontava uma estimativa de peso de 2.254g, acreditamos que, nascendo com bom peso (acima de 2kg), nascendo bem e após as 34 semanas, ele viria para alojamento conjunto. Jamais nos ocorreu pesquisar sobre isto, pra gente o alojamento conjunto era algo certo, se desse tudo certo.
Meu parto perfeito virou desespero. Pedi pra colocá-lo no peito, pedi pra ficar um pouco com ele no colo, vi que a equipe insistiu e ela permitiu que ele ficasse alguns minutos comigo e mamasse um pouco. Não lembro quanto tempo foi, mas com certeza foi muito menos que a hora dourada que tanto sonhei e sei que ele merecia. Ele mamou lindamente.
Pedimos que não pingassem o nitrato de prata, assinamos um termo de responsabilidade e o pouparam disso. Permitimos que tomasse a vitamina K. Pedi que não dessem mamadeira, nem leite artificial, ela disse que, pra isso, eu precisaria estar na UTI pra amamentar dali a 3h. E foram embora, com o pai acompanhando. No CO, reinou o silêncio, toda a equipe estarrecida e atônita, eu em prantos, não conseguia parar de chorar, esqueci que o parto não acabara ali, esqueci que precisava ainda parir minha placenta, esqueci de toda chuva de ocitocina que recebi minutos antes. Eu só conseguia chorar. Dra Bruna tentou me dar forças, me consolar, mas eu não conseguia parar de chorar. Eu pari, mas não tinha um bebê nos meus braços. Foi das piores sensações que já senti.
Alguns minutos depois, comecei a sentir os puxos, em poucas contrações, pari a placenta íntegra e continuei meu luto. Queria levantar e sair correndo atrás do meu bebê, mas estava submetida aos protocolos hospitalares. 1h de observação ainda no CO. Subi pro quarto. Precisava comer, precisava tomar banho sem desmaiar, precisava ficar em observação por 2h com medições de sinais vitais a cada meia hora. Pelas minhas contas, não daria tempo de chegar na UTI para a próxima mamada, entrei em desespero. Enquanto o lanche do hospital não vinha, comecei a comer o que tinha no quarto. Quando chegaram, comi também tudo o que me serviram. Sabia que precisava ter forças pra levantar, senão não me deixariam descer.
Consegui tomar banho sem desmaiar, Dra Bruna conseguiu convencer a enfermagem a me liberar logo após o banho e medir os sinais vitais na volta. Neste meio tempo, já haviam ligado da UTI, pois estava chegando o horário da próxima mamada, mas alguém conseguiu convencê-los de que eu desceria em instantes e disseram que aguardariam até 1h da manhã. Terminado o banho, desci correndo pra reencontrar o meu bebê. Consegui chegar a tempo, a mamadeira com 15ml de LA já estava pronta, ali ao lado. Por conta do horário, tive que ficar sozinha (a partir das 21h só permanece pai ou mãe, não os dois), ele pegou o peito e mamou. Desabei em lágrimas e comecei a cantar a última música que lembrava do trabalho de parto, “Reconhecimento”.
Não lembro quantas vezes cantei esta música nos dias seguintes, nas longas horas que passei na UTI, amamentando, acalentando e aquecendo João. Foram 12 longos dias de uma rotina puxada de UTI. Dra Bruna conseguiu me manter internada por 6 dias após o parto, fiz diversos exames para encontrar qualquer questão que justificasse minha internação por mais tempo, mas a recuperação deste pós parto seguiu perfeita, até mesmo a discreta anemia que apareceram nos últimos exames grávida, desapareceu.
Depois da alta, consegui acolhimento de uma amiga linda, Roberta, que mora a 10 minutos do hospital, onde deixamos nossas malas e íamos 1x ao dia tomar banho. Dormíamos no hospital, num quarto de descanso para os pais da UTI, que dispunha de algumas poltronas reclináveis. Não era lá muito confortável, mas dava pra descansar. Foram 12 longos dias subindo e descendo pelo hospital a cada 3h, no mínimo. Algumas noites só me permitiam 30 minutos de descanso entre as mamadas, pois logo João já chorava novamente. Ainda assim, agradeço o fato de que todas as enfermeiras e técnicas da UTI foram extremamente apoiadoras do aleitamento, me ligando em todos os momentos em que ele chorava, para que eu fosse aleitar, ao invés de tomarem o caminho mais fácil, que seria pedir uma mamadeira. Já me bati com uma técnica literalmente correndo pelos corredores atrás de mim, que não havia atendido o telefone do quarto, pois havia saído pra comer…
Depois de 12 dias de UTI, finalmente conseguimos ir pro alojamento conjunto, já foi um alívio imensurável, que nos deixou claro que tudo nesta vida é fruto de comparação. Lembro que, quando Gabriel nasceu, 24h depois eu já estava impaciente no quarto, querendo ir pra casa. Quando fomos pro quarto, com João, já fiquei em paz e achei que ficar ali por mais uns dias já nem seria tão ruim… Felizmente, 24h depois, tivemos alta e pude vir pra casa, iniciar finalmente meu puerpério e curtir minha família. Foram 16 dias longe de casa. Foram 7 dias sem ver Gabriel, que ficou doente neste meio tempo. Foram 13 dias pós parto pra, em casa, finalmente me dar conta de que tinha um bebê nos braços, pra me sentir realmente feliz e aliviada. Estar em casa com as duas crias é realmente mágico.
Durante o período de internamento, ecoou na minha cabeça uma frase repetida no mundo da humanização: “cada mulher tem o parto que precisa”. Senti muita raiva desta frase, chorei muito repetindo esta frase, sem entender o porquê de eu precisar passar por tudo aquilo. O que eu eu precisava “pagar” pra ter que passar por esta experiência? Quem já teve um filho na UTINEO sabe o quanto é difícil. É difícil passar por 2 ou 10 dias disso, é difícil passar por 2 ou 4 meses disso. É uma experiência sempre difícil, independente do tempo que dura. Não sei de onde tiramos forças pra continuar lutando por eles. Conheci muitos pais admiráveis que já estavam passando por isso há dias, semanas, meses… É uma força que não sei de onde vem, que surge de um, contagia o outro e retorna pra gente de novo. Parece que todos são filhos de todos e todos guardam todos os bebês, dividindo a companhia e tentando manter um clima ameno entre si nos intervalos das mamadas. Ainda assim, me senti muito injustiçada por passar por isso. Até que, já no alojamento conjunto, as coisas ficaram mais claras. Sim, tive o parto que precisava. No dia que induzimos, passei o dia em meio a uma irmandade de mulheres, no melhor clima possível, dentro da situação. Esta mesma irmandade que se solidarizou comigo no pós parto imediato, assim como nos dias que se seguiram, acompanhando passo a passo cada evolução de João. Meu trabalho de parto engrenou rápido, foram pouco mais de 2h desde a primeira contração. Meu expulsivo foi a jato. Tive uma micro laceração de 1º grau, que sequer precisou de pontos e sequer me incomodou em algum momento. Não tive sangramento excessivo no pós parto. Minha recuperação foi excelente, acima da média. Foi o parto que eu precisava. Não fosse tudo perfeito e rápido como foi, talvez não tivesse força física para estar presente na UTI desde a primeira mamada, talvez não tivesse resistido a rotina intensa dos dias que se seguiram, talvez não tivesse conseguido manter a presença e o aleitamento materno exclusivo, numa rotina extenuante de mamadas e ordenhas regulares, alternadas com descanso em locais nada confortáveis. Foi o parto que eu precisava para conseguir ser a mãe que João precisava naquele momento.
Equipe:
GO: Bruna Bittencourt
EO: Tanila Glaeser
Doula: Lia Sfoggia
Fotógrafa: Lorena Vinturini
Presenças: papai Amauri e vovô Carlos
Local: Maternidade Santamaria, Hospital Português, Salvador-BA